Lâmpada de 1.700 anos com símbolos do Templo

Uma rara lâmpada de cerâmica do final do período romano que traz imagens de itens usados ​​no Segundo Templo foi descoberta em Jerusalém

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publicado em
Dec 2024
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Lâmpada de 1.700 anos com símbolos do Templo

Uma rara lâmpada de óleo de cerâmica, datada do final do período romano, foi descoberta em Jerusalém com imagens de itens associados ao Segundo Templo. A Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou o achado na quinta-feira.

“Após o imperador romano Adriano reprimir a revolta de Bar Kochba em 135 EC, os judeus foram expulsos da cidade”, explicou Michael Chernin, diretor de escavações do IAA. “Essa lâmpada encontrada no Monte das Oliveiras é um dos poucos vestígios materiais que indicam uma presença judaica ao redor de Jerusalém entre os séculos III e V EC.”

A lâmpada foi considerada um “achado único”, segundo a Autoridade de Antiguidades de Israel. Marcas de fuligem em seu bico indicam que ela foi usada há cerca de 1.700 anos.

Os símbolos do Templo que adornam a peça incluem uma representação da menorá utilizada no Segundo Templo, uma pá de incenso e um lulav (ramo de palmeira).

“O detalhado trabalho artístico da lâmpada, que foi encontrada intacta, a torna extraordinária e extremamente rara”, afirmou Michael Chernin.

Os símbolos na lâmpada, conectados ao Templo, foram descritos como “particularmente surpreendentes”, dado que há “pouquíssima evidência de um assentamento judaico dentro e ao redor de Jerusalém nesse período”, destacou Chernin.

crédito: Autoridade de Antiguidades de Israel

Benjamin Storchan, arqueólogo da Autoridade de Antiguidades de Israel, explicou que a lâmpada pertence ao tipo conhecido como "Beit Nattif", assim denominado devido a uma oficina de produção identificada na década de 1930 próximo a Bet Shemesh.

Descoberta 'extremamente rara'


“Lâmpadas de óleo com decorações de menorá são extremamente raras, e apenas algumas similares do tipo Beit Nattif estão registradas no arquivo do Tesouro Nacional”, afirmou Chernin. “A escolha dos símbolos não foi acidental. Trata-se de um fascinante testemunho que conecta objetos do dia a dia às crenças dos habitantes da antiga Jerusalém. É provável que a lâmpada tenha pertencido a um judeu, que a adquiriu como uma expressão de sua afiliação religiosa e como uma lembrança do Templo.”

“Fica evidente que o fabricante dedicou grande tempo e esforço à decoração da peça, esculpindo de forma delicada e intrincada os moldes de calcário com o uso de brocas e formões”, acrescentou.

“Os moldes eram produzidos em duas partes – superior e inferior”, explicou Storchan. “Para confeccionar a lâmpada, o oleiro pressionava a argila nos moldes e depois unia as duas partes. Em seguida, o recipiente era queimado e preparado para uso. Esse método de produção com moldes permitia criar designs refinados e incorporar decorações delicadas e intrincadas.”

crédito: Autoridade de Antiguidades de Israel

O Ministro do Patrimônio, Amichai Eliyahu (Otzma Yehudit), afirmou: “Esta lâmpada de óleo única, que carrega de forma emocionante os símbolos do Templo, conecta as luzes do passado ao feriado de Hanukkah de hoje, simbolizando a profunda e duradoura ligação da nação de Israel com sua herança e a memória do Templo.”

Ele anunciou que a lâmpada seria apresentada ao público pela primeira vez durante o Hanukkah, “junto com os moldes de pedra usados para produzir essas lâmpadas de cerâmica.”

João Andrade
Apaixonado pelas histórias biblicas e um autoditata nos estudos das civilizações e cultura ocidental. Ele é formado em Analise e Desenvovlimento de Sistemas e utiliza a tecnologia para o Reino de Deus.

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